segunda-feira, 23 de julho de 2007

Aprender tem de ser sempre divertido?

O professor William Ayers alistou dez mitos sobre o ensino. Um deles é: "Os bons professores ensinam divertindo." Ele continua: "A diversão distrai e é agradável. Os palhaços são divertidos. Brincadeiras podem ser engraçadas. Já aprender pode ser envolvente, absorvente, surpreendente, intrigante, cativante e muitas vezes bem agradável. Se for divertido, muito bem. Mas não precisa sê-lo todo o tempo." Ele acrescenta: "Ensinar requer amplo conhecimento, habilidade, talento, bom critério e compreensão — e acima de tudo, uma pessoa atenciosa, que se interesse pelos alunos." — To Teach—The Journey of a Teacher.
Sumio, de Nagoya, Japão, encontra o seguinte problema entre os alunos: "Muitos alunos do ensino médio não têm interesse em nada a não ser em se divertir e fazer coisas que não exijam nenhum esforço."
Rosa, conselheira estudantil de Brooklyn, Nova York, disse: "A atitude geral dos alunos é de que aprender é chato; que o professor é chato. Eles acham que tudo devia ser divertido. Não entendem que aprender depende do esforço de cada um."
Pensar só em se divertir torna mais difícil para os jovens se esforçarem e fazerem sacrifícios. Sumio, acima citado, disse: "O problema é que eles não conseguem enxergar as coisas em longo prazo. São pouquíssimos os alunos do ensino médio que enxergam que o esforço de hoje será compensado no futuro."

O que faz com que um professor seja bem-sucedido?

Como definiria um bom professor? É aquele que consegue desenvolver a memória da criança para que consiga repetir factos e ter boas notas nos testes? Ou é alguém que ensina o aluno a questionar, a pensar e a raciocinar? Qual deles ensina a criança a se tornar um bom cidadão?
"Quando nós, como professores, reconhecemos que somos parceiros com nossos alunos na longa e complexa jornada da vida, quando começamos a tratá-los com a dignidade e o respeito que merecem como seres humanos, estamos no caminho certo para nos tornarmos bons professores. É tão simples assim, mas igualmente desafiador." — To Teach—The Journey of a Teacher.
Um bom professor reconhece o potencial de cada aluno e sabe explorar isso. William Ayers comenta: "Precisamos encontrar um método melhor, capaz de explorar pontos fortes, vivência e habilidades . . . Lembro-me do pedido de uma americana nativa cujo filho de cinco anos fora rotulado de ‘lento na aprendizagem’: ‘O Lobo do Vento sabe o nome e o padrão de migração de mais de 40 aves. Ele sabe que uma águia tem de ter 13 penas na cauda para poder equilibrar-se. O que ele precisa é de um professor que entenda e valorize o seu potencial.’ "
Para melhor aproveitar o potencial de cada criança, o educador precisa descobrir o que a interessa ou motiva e o que faz com que ela se comporte ou pense de determinada maneira. E o professor dedicado precisa amar as crianças.

domingo, 22 de julho de 2007

Professor: o perfil que faz a diferença


"Mais vale um dia com um bom mestre do que mil a estudar sozinho." - Provérbio japonês.

Qual é o perfil do professor que faz a diferença?

Responde William Ayers no seu livro To Teach - The Journey of a Teacher: " O bom professor é acima de tudo aquele que se interessa pelos alunos, que dá de si... Ensinar bem não é algo que se consegue com técnica, estilo, plano ou método específicos... Ensinar é sobretudo um acto de amor." Assim sendo, qual é o perfil do professor que faz a diferença? Ele diz: O professor que tocou o coração do aluno, que o entendeu, que se interessou por ele como pessoa, aquele cuja paixão por algo era contagiante e motivadora." Sem dúvida muitos professores recebem palavras de reconhecimento de alunos e até mesmo de pais de alunos, o que os incentiva a continuar na carreira apesar das dificuldades. A maioria dessas expressões salienta principalmente o interesse genuíno e a bondade demonstrados para com o aluno.

Avaliação - Ano Lectivo de 2006/7

N.º LP 1 LP 2 LP 3 EM 1 EM 2 EM 3 MAT 1 MAT 2 MAT 3
1. 14,5 15,3 16 16 16,5 17,5 12,5 12,9 15
2. 16 15,2 16 17 17 17,5 17 17,5 16
3. 17 16 15 17 16,3 18 14 15,8 15
4. 16 16,3 15 17 17 18 16,5 17 17,5
5. 12 12,3 13 12 13 13 11 12,5 11
6. 17 15,5 17,5 16 17,5 17 14 14,4 16
7. 12 11,8 13 14 12,2 12 13 12,5 13
8. 15 14,3 15 16 14,7 17 16 14,3 16
9. 14,5 16 15 14 14,5 17 17 15 15
10. 14 16,4 16 15 17 15 15,5 16,5 15
11. 16 14,2 12 17 15,5 16 14 16 13
12. 18 18 17,5 19 19,2 18 17 18,5 19
13. 18 18,5 18 19 19,2 18 19 18,5 19
14. 17 15,3 17 17 16 16 17 15 14
15. 16 14,4 15 16 15,3 17 15 11,8 15
16. 16,5 17 17 17,5 17 16 16 15,3 15
17. 18 17,8 17,5 20 19,2 19 18 18,3 18
18. 15 13,2 14 16 15,9 17 16 13,9 13
19. 12,5 10,4 12 13 12 13 14 14,8 12
20. 14 15 12 14,5 15,8 16 14 14,3 15
21. 17,5 15,4 16 18 16,8 16 18 16 15
22. 16 13,9 15 17 17 16 14 13,8 17,5
23. 17 15,8 17 18 17 18 18 16,5 16
24. 16 16,8 17,5 17 16,8 18 18 15,5 17

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O materialismo em oposição à sabedoria

Lá em 1956, um colunista de jornal escreveu: "Calcula-se que, há um século, o homem mediano tivesse 72 desejos, dos quais 16 eram considerados necessidades. Atualmente, o homem mediano tem calculadamente 474 desejos, 94 dos quais são considerados necessidades. Há um século, a arte de vender importunava o homem mediano com 200 artigos — mas hoje há 32.000 artigos que requerem resistência à venda. As necessidades do homem são poucas — seus desejos, infinitos." Hoje, as pessoas são bombardeadas com a idéia de que a riqueza e os bens materiais são a coisa principal na vida. De modo que muitos desconsideram o conselho sábio de Eclesiastes 7:12: "A sabedoria é para proteção, assim como o dinheiro é para proteção, mas a vantagem do conhecimento é que a própria sabedoria preserva vivos os que a possuem."

O PARADOXO DE "PAZ"

Embora 1986 tenha sido proclamado pela ONU o Ano Internacional da Paz, aumentou a suicida corrida armamentista. A publicação World Military and Social Expenditures 1986 (Gastos Militares e Sociais do Mundo 1986) fornece os seguintes pormenores que fazem pensar:
  • Em 1986, os gastos militares globais atingiram 900 mil milhões de dólares.
  • Os gastos militares globais de uma só hora teriam sido suficientes para imunizar os 3,5 milhões de pessoas que anualmente morriam de doenças infecciosas evitáveis.
  • Em escala mundial, uma pessoa em cinco vivia em esmagadora pobreza. Todas essas pessoas famintas poderiam ter sido alimentadas durante um ano com o dinheiro que o mundo gastava com armamentos em dois dias.
  • A energia explosiva nos depósitos mundiais de armas nucleares era 160.000.000 vezes maior do que a da explosão de Chernobyl.
  • Havia possibilidade de lançar-se uma bomba nuclear com potência explosiva 500 vezes maior do que a da bomba lançada sobre Hiroshima, em 1945.
  • Arsenais nucleares continham o equivalente a mais de um milhão de Hiroshimas. Representavam 2.700 vezes a energia explosiva liberada na Segunda Guerra Mundial, na qual morreram 38 milhões de pessoas.
  • As guerras tornaram-se mais frequentes e mais mortíferas. As mortes causadas pelas guerras ascenderam a 4,4 milhões no século 18, a 8,3 milhões no século 19, a 98,8 milhões nos primeiros 86 anos do século 20. Desde o século 18, as mortes causadas por guerras aumentaram seis vezes mais rápido do que a população do mundo. Houve dez vezes mais mortes por guerra no século 20 do que no século 19.